Naldo pagou o equivalente a um carro popular por roupa de LED: ‘Sempre pensei alto’
Naldo é ídolo de Raylannes, Cleversons e Jenniffers que se espalham pelas comunidades da cidade e marcam presença nas noites de funk de casas de shows como a Gregos e Troianos, em Nova Iguaçu. Mas o cara também bota para rebolar até o chão as famosas Carolina Dieckmann e Giovanna Lancellotti. Além delas, as patricinhas lisas e torneadas da Zona Sul se rendem a seu som nas noites vips do Baile da Favorita, na Quadra da Rocinha. Naldo, MC Naldo, ou Ronaldo Jorge Silva, 33 anos comemorados na última quinta-feira, era só mais um Silva que a estrela não brilha. Funkeiro e pai de família, hoje reluz no que classifica de funk-pop-romântico, e se espelha nos rappers gringos para fazer o baile dançar:
— Penso muito alto. Sempre pensei alto na minha carreira. Mesmo quando tinha 9 anos e era engraxate. Conversava com Deus, querendo saber o que ele preparava para mim. Uma vez, meu pai falou comigo que era para eu ser o melhor naquilo que me propusesse a fazer. Se não o melhor, pelo menos estar entre os melhores — observa ele, que já ganhou elogios de Lulu Santos e Alexandre Pires.
Filho de Seu Manoel, soldador e vendedor de frutas, e de Dona Ivonete, do lar, Ronaldo começou a trabalhar cedo, como engraxate. Tinha até contracheque e tirava o que hoje daria R$ 600. Com o primeiro salário, também fez sua primeira compra:
— Dois edredons, um pra minha mãe e outro pra minha irmã Solange.
O primeiro presente que se deu, aos 16 anos, foi uma bicicleta. Outro desejo de criança.
— Para se ter ideia de como era difícil a vida lá em casa, a gente nem tinha televisão. Vai ver isso explica tanto irmão, né? (risos). E eu não podia ver o seriado "The Jackson 5". Era louco por eles. Vim ver quando já era adulto, em DVD — conta.
— Caro, viu? Mas disse que ia fazer. Paguei quase um carro popular nessa roupa, que está guardadinha para usar em outros shows
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