Cantor ele sempre quis ser. Desde os 5 anos, quando dava plantão no coral da igreja. Os pais são evangélicos, e Naldo é extremamente religioso. Diz que não é de balada, não é de beber e cita Deus a cada frase. Quem o desviou do gospel foi o irmão Lula. Naldo e Lula conseguiram relativo sucesso por volta de 2005, nos bailes funk e nas rádios, com "Tá surdo?!". Três anos depois, porém, uma fatalidade separou a dupla. MC Lula desapareceu e, alguns dias depois, foi encontrado carbonizado em Padre Miguel, Zona Norte do Rio.
— Nada consegue preencher a ausência do meu irmão. É duro pra caramba não tê-lo mais aqui. É inexplicável a dor. Quando fui participar do "TV Xuxa", fui com a camisa dele. Era um sonho nosso. Eu e Lula queríamos uma vida melhor para os nossos pais, dar mais conforto a eles, vê-los parar de trabalhar. Hoje, graças a Deus, posso ajudar toda a minha família. Como tive saudade do Lula naquele dia!
Sem tamborzão
Mesmo contra a opinião de muitos, Naldo foi se livrando aos poucos do prefixo MC e adotou o pop de vez.
— Tirei o tamborzão aos poucos, apostando em outros sons, explorando repertório e arranjos. Não canto só funk, não sou só funkeiro e não renego o passado. Mas sou músico e faço música de todo tipo — justifica ele, que, em casa, ouve música gospel, Cartola e Tom Jobim: — Ih, adoro! "É pau, é pedra é o fim do caminho".
Para ele, é só o começo...
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